O mundo fez tanto progresso na redução da propagação da aids e no tratamento de pessoas com HIV que a epidemia tem recuado dos holofotes. No entanto, por quaisquer medidas, a doença continua a ser uma grande ameaça — 1,1 milhão de pessoas morreram no ano passado devido à causas relacionadas com a aids e 2,1 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus. Embora as mortes estejam em queda ao longo dos últimos cinco anos, o número de novas infecções tem, essencialmente, atingido um patamar.
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou uma meta na semana passada de acabar com a propagação da doença até 2030. Este é um objetivo louvável e ambicioso, alcançável apenas se as nações individuais fizeram campanha vigorosa para tratar a todos os que tem o vírus e limitar as novas infecções.
Os medicamentos e o conhecimento já existem, mas, em muitos países, o dinheiro e a vontade política não. Além de voltar o holofote sobre a doença, é crucial que países ricos, como os Estados Unidos, continuem a desembolsar quantias generosas para reforçar o que deveria ser empenho global. Doadores e países de baixa e média renda precisam aumentar os gastos para US$ 26 bilhões por ano até 2020, de acordo com a ONU, acima dos US$ 19,2 bilhões em 2014.
Embora ainda elevadas, as mortes atribuíveis à aids caíram 36% desde 2010. Em grande parte, isso se deu porque muitas pessoas estão recebendo medicamentos antirretrovirais — 17 milhões de pessoas em 2015, em comparação com 7,5 milhões cinco anos antes. Estes medicamentos permitem que as pessoas vivam vidas quase normais e reduzem o risco de transmissão do vírus para outras pessoas.
Alguns países, como África do Sul (antes uma zona de calamidade) e Quênia, têm feito enorme progresso em aumentar o tratamento, mas muitas pessoas que precisam da terapia salva-vidas não têm acesso a ela. Apenas 28% das pessoas infectadas na África ocidental e central estavam sendo tratados em 2015, de acordo com um recente relatório da ONU. Os números eram ainda mais baixos no Oriente Médio e no norte da África (17%), Europa oriental e da Ásia central (21%). Segundo Sharonann Lynch, assessor de políticas para o HIV dos Médicos Sem Fronteiras, em alguns países, as pessoas que recebem um diagnóstico positivo para o HIV recebem a instrução de voltar ao médico só quando ficarem doentes, devido à restrições orçamentárias. Muitos nunca mais voltam.
Em outros lugares, pode ser difícil chegar até as pessoas que precisam de medicamentos por causa de guerra ou por falta de um sistema público de saúde funcional. E muitos dos que precisam de ajuda não estão dispostos a pedi-la, porque temem ser condenados ao ostracismo ou, pior, porque são gays, usuários de drogas ou estão envolvidos em trabalho sexual. Leis e atitudes discriminatórias em países como Nigéria, Rússia e Uganda provavelmente forçaram dezenas de milhares de pessoas que precisam de ajuda a se esconder.
Em alguns países, as infecções têm de fato aumentado, o que ajuda a explicar por que o avanço no controle da epidemia atingiu um patamar. Na Europa oriental e na Ásia central, por exemplo, 190.000 pessoas foram infectadas no ano passado, contra 120.000 em 2010. Enquanto o número de mortes tem se mantido muito baixo, o número de novas infecções se manteve estável ou modestamente baixo, nos últimos cinco anos. Isso é verdade para os Estados Unidos, onde estima-se que 44.073 pessoas foram diagnosticadas em 2014, o ano mais recente para o qual os Centros de Controle e Prevenção de Doenças têm dados publicados, abaixo de 44.940 em 2010.
Esses números não abrem espaço para complacência, mas para campanhas de saúde pública mais vigorosas, mais acesso a preservativos, agulhas limpas para usuários de drogas e prescrições de medicamentos pré-exposição. Ainda não há cura para a aids. Mas há muitas maneiras de minimizar suas consequências mortais.
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O hiv só vai sumir qdo houver a cura e ser gratuitamente distribuída.ate lá vai sempre ter milhares de infecções. Grande parte de infectados não se testam e não fazem por medo do diagnóstico quase certo. É um problema q está em todo lugar do planeta.gracas a deus é a ciência hj vivemos bem…
Tbm acho q so a cura, vai acabar com a pandemia!!
Existir cura não significa fim de epidemia ou pandemia. Exemplo disso está aí a sífilis, que tem tratamento simples e barato (quando descoberta na 1ª e 2ª fase) e mesmo assim nunca foi extinta, e até está tendo um aumento considerável de casos.
O fim da AIDS só aconteceria se todas as novas infecções fossem evitadas e se aguardasse o fim desta geração e o surgimento das novas, já livres das infecções. Ou seja, todos nós, soropositivos (até mesmo os soronegativos) não estaríamos incluídos nessa “geração livre das infecções”.
Não parece egoísmo, é egoismo. Não estamos falando de números e sim de pessoas que morrem diariamente por complicações ou são infectadas. “Se você acha que as pessoas devem ser infectadas para que todos recebam a cura, você poderia começar morrendo, não? Talvez isso também ajudaria?” (Ironia). Com certeza os números subirem não é caminho.
egoísta.
Até quando surgir a cura ainda vai rolar milhares de novos casos,vide isso é só olhar as DSTs que hj tem cura e elas nunca foram extintas.
Mais de 2mil mulheres são infectadas por semana na África do Sul.
Enquanto as pessoas estiverem ficando indectável e a tal vida “normal” pós Hiv for uma recompensa, acho que vão ficar nesse jogo de morde e assopra pra essa cura sair. Talvez se o interesse mudasse em torno disso já estariamos livres desse vírus maldito.
Henrique, não temos vida normal. Conhece ou leu sobre “sífilis tuskegee” … talvez te oriente sobre o quão preocupados com nossa saúde são os sistemas de saúde, governo e indústria farmacêutica.
Não há nada de normal na vida que estamos levando. Sejamos realistas.
Estamos vivendo bem essa vida anormal, isso sim, porém infinitamente melhor do que a vida que muitos HIV+ vivem em alguns países.
Acho que a maioria queria se ver livre era do Estigma e preconceito. Não ter que se esconder tanto é ter tanta vergonha de falar que tem HIV.
Em mim mesmo, a ideia de suicídio é sempre presente.
Olá! Estou no Kik. Meu usuário é “allehJunior” kik.me/allehJunior
Olá pessoal, descobrir essa matéria aqui:
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2016/02/24/internas_cienciaesaude,628646/pesquisadores-pernambucanos-podem-validar-a-cura-da-aids.shtml
O que vocês acham? Será que isso seria mesmo possível? Alguém já estudou sobre ou leu em outro local algo parecido?
Abraços
http://www.universityherald.com/articles/33755/20160708/yale-led-study-in-africa-hiv-treatment-does-not-go-well-with-antimalarials.htm#!
É brincadeira. Neguinho ainda fica falando em debelar o vírus sem a cura. Pura ilusão. Isso não vai acontecer nunca. A sociedade está se tornando cada vez mais promíscua. Só com a cura o vírus poderá ser debelado.
Falando em cura… Qual a mais promissora heim??
Às vezes me parece que só se um grande grupo de portadores do vírus se organizasse e resolvesse parar de tomar os anti-retrovirais é que as pesquisas de cura seriam realmente aceleradas. Talvez o único jeito de pressionar governos, instituições, empresas, médicos.
De qualquer jeito, a gente não pode aceitar morrer bem velhinhos com essa porcaria de vírus dentro do corpo. Não, mesmo. Se querem que a gente morra velhos e indetectáveis (sem transmitir o vírus), podem esperar sentados.
#aCuraouNada
Comece por vc, pare de tomar os antirretrovirais e nos diga sobre essa pressão no topo da piramide, estarei aqui indetectável, gracas a Deus, laboratórios, médicos e de alguma forma o governo!
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://afrivibes.net/2016/07/igbos-solving-igbos-problem-professor-maduike-ezeibe-cures-3-hiv-patients-new-produced-drug.html&prev=search
E mentira essa noticia acima ?
Alguem para traduzir?
Típico comentário desserviço que não acrescenta em nada. Muito semelhante aos “cidadãos de bem” que querem que cada vez mais pessoas sejam infectadas com o HIV. Ridículo!
A verdade dói?
Qual a sua verdade? Dizer que parou com a medicação e não provar é tão simples. Quero ver na prática.
Nossa, exatamente, Fernando!
Por mais que o HIV seja um fardo que temos que carregar, há inúmero outros fardos que várias pessoas carregam. A vida não é fácil pra ninguém, e ela não fica mais difícil quando se tem HIV, ela passar a ter um significado diferente, apenas.
É óbvio que todos queremos a cura, mas precisamos aguardar e enquanto isso vivermos nossas vidas. Ficar com esse sentimento de ódio nada vai adiantar, a não ser na automutilação.
Que Deus nos ajude a conservar a sanidade para conseguirmos nos tratar direito e assim nos mantermos são até que a cura definitiva chegue.